segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Chá Doce e o Nosso Comportamento

Acabei de tomar um chá doce. Um chá tão doce, mas tão insuportavelmente doce, que vislumbrei (porque não me atrevo a dizer que experimentei) o sufoco sentido por uma amiga ao fazer um teste de curva glicêmica (um pequeno parenteses aqui para explicar que isso é um exame para medir as alterações dos níveis de glicose - açúcar - no sangue. Um exame para diagnosticar Diabetes ou o contrário dela). E porque eu estou falando sobre chás doces ou exames de diabetes, ainda mais nesse blog, que costuma ser mais reflexivo que os meus outros?
Well, well, eu amo doce. E exageros também. Tanto que a minha mãe diz que o que eu faço ou é BEM doce ou BEM salgado, BEM quente ou BEM gelado. E mesmo assim, eu não suportei esse chá, de tão melado (é como as meninas aqui da secretaria se referem ao que é muito doce) que estava. Esse chá ultrapassou o limite aceitável, até pra quem tem parâmetros tortos, como eu. 
E o mesmo ocorre com as pessoas. Tem gente que é tão doce que enjoa. Tem gente que é tão azeda que faz a gente por a língua pra fora. Tem gente que é tão amarga que a gente faz até careta. Tem gente que é tão salgada que a gente até cospe. Ninguém que é só "um sabor" é agradável, ainda mais quando o é em exagero.
Acho até que ninguém seja realmente só "um sabor". Impossível não ser azeda quando o dia conspira contra você (e acredite, esses dias existem). Impossível também não ser salgada na hora de lutar pelo que acredita. Ou não ser doce quando está junto de quem te ama - e você ama em reciprocidade. Amargo é um sabor que eu acho que dá pra passar sem - mas não garanto.
Ou seja: seja feliz quando tiver que ser, seja alegre, amoroso, "doce" quando sentir vontade. Não seja sempre, se não a gente enjoa.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Caminhos

Vindo trabalhar, me lembrei de você. Havia duas placas de trânsito me mostrando os caminhos que a nossa vida tomou, que eu tomei por nós. Enquanto uma placa mostrava o caminho pra sua nova casa, na direção oposta eu segui para o meu novo trabalho. Tão engraçado, quando eu vejo aquele nome, é como se eu visse o seu nome escrito lá. Pouco provável que eu vá de livre espontânea vontade à sua cidade. Não me leve a mal, eu não tenho nada contra lá - nem conheço. Nem contra você - mas te conheço bem demais (ou creio conhecer). 
Ao mesmo tempo, tantos carros convergindo ao mesmo lugar, tão impressionante como todos se encaixam e seguem o fluxo, que se não me concentro os acabo seguindo e indo parar... Sei lá onde.
E enquanto isso eu lembrava das vezes que saía da minha cidade pra depois voltar, tudo isso só pra vir trabalhar, pois não havia jeito de uma só condução me levar, e eu precisava então dar voltas por aí pra chegar aqui. E talvez na vida seja do mesmo jeito, eu ainda tenha que dar algumas voltas até achar o meu caminho, o meu lugar.
Fico feliz que você tenha achado o seu. Deve ser bom olhar uma placa e saber que aquele caminho te leva pro lugar que é seu.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Terapia Ocupacional: A importância da amizade

Terapia Ocupacional: A importância da amizade


“Quando iniciamos esta aventura chamada vida, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante. Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.”

Amigos nos ajudam a preencher os vazios emocionais e a recordar quem somos realmente. 
A amizade, afirmam os especialistas, é uma das estratégias para administrar o estresse. Os momentos com os amigos são momentos preciosos de troca, desabafo e compaixão.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Meio É Pior Que Zero

Às vezes acordo com essa sensação de não ser tudo nem nada. Acordo pela metade. Desperta sim, mas não inteira. É como viver no chamado limbo, nem céu nem inferno, mas entre os dois. Não triste, mas nem por isso feliz. Estranho essa sensação.
Sei que não sou a única a acordar assim de vez em quando... Sei?! Porque até onde sei, conheço gente que acorda feliz, triste, mau-humorada, nervosa, com sono, ansiosa... mas pela metade?! Como seria?!
Como explicar... Seria não saber como se está. Sem saber se está com fome ou não, com sono ou sem, com sede, com dor... Sei lá, é como não saber como se sente, o que se sente... 
É horrível não saber dizer como estou, pois sem isso não sei o que fazer para mudar. Preciso de ânimo?! Será isso que falta?! Ou tranqüilidade?! Seria melhor?! 
Não sei, não sei... Calmaria, agitação... O que eu quero?! O que eu preciso?! O que me fará sentir completa?! Ou será que o que eu preciso é me esvaziar?! Será?!
Não sei. Só sei que assim como está não me agrada. Pela metade não. Ou tudo ou nada. Copo cheio ou vazio. Pela metade está me incomodando - no momento.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Terapia Ocupacional: Seu corpo fala.

Terapia Ocupacional: Seu corpo fala.: "E você, consegue entender? Muitas vezes não nos damos conta das emoções que estão envolvidas nos nossos sintomas físicos, mas nossas emoções..."

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Recicle (suas ideias)

5 Posts no outro blog! 5 Posts!!! Eles estavam lá, perdidos entre tantos rascunhos, ideias que eu queria desenvolver, desabafos, 'insights', essas coisas todas.
Alguns estavam prontinhos, foi só formatar. Outros, nem tanto. Põe daqui, tira dali, lê, relê, dá uma última olhadinha, muda... Mas a essência estava lá, só faltavam os últimos retoques.
Reciclar ideias... 
Atualmente, tanto tem se falado em consumo consciente e reciclagem - material. A reciclagem de ideias também é uma boa pedida. Aquele versinho da infância, a dissertação nota 10 (ou 9, ou até 8 e meio, por que não?!), aquela piada que, se não foi você que inventou, foi quem a tornou conhecida, pelo menos.
Recicle suas ideias. Não as jogue fora sem antes dar uma boa (mas boa mesmo) olhada nelas, e ver se não servem pra nada. Não saia por aí 'comprando' novas ideias, só porque acha que as suas estão velhas, ou fora-de-moda. Aliás, não existe mais nada que seja ultrapassado. Suas ideias serão 'vintage'.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Terapia Ocupacional: Gentileza gera felicidade!

Terapia Ocupacional: Gentileza gera felicidade!: "A ciência comprovou o que já se sabia na prática: ser gentil faz bem! A pesquisa da professora Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia..."

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Errar é humano

Acabei de moderar dois comentários no outro blog. Anônimo escreveu: Falta Criatividade. Bom, resumindo foi isso que ele escreveu nos dois. Em um ele escreveu mais coisas, falta maturidade e tals. Assim.
Doeu. Feito ferroada de marimbondo (que se você estiver se perguntando, eu já levei) bem no peito (a do marimbondo não foi no peito, foi na mão, mas... liberdade poética aqui, ok?!).
Por instante pensei: "não vou aprovar". Wrong! Não deixar que alguém critique meu trabalho é achar que nunca falho em escrever, e isso é o contrário do que julgo pensar. Eu erro sim, e muito. Mas nem por isso deixo de tentar.
O segundo pensamento foi: "aprovo e respondo". Wrong again. Responder pra quem?! Pro anônimo?! Eu sei, como ótima leiga em informática que sou, como é difícil por seu nome nos comentários. Tem que ter blog, ou conta do google, ou OpenID (que diabos é isso?!) ou outra coisa lá, ou ser anônimo. Eu entendo. Eu mesma, em Será, fiz um comentário como anônimo, mas pus meu nome (quanta idiotice, meu Deus, mas o blog é meu mesmo).
Outra coisa: responder o que?! "Discordo"?! "Concordo"?! Que diferença faz?! É a opinião dele. Vou discutir com opinião?! Lógico que não!
Doeu aprovar esses dois comentários. Mas foi bom também. Quem sabe não serve como incentivo para eu melhorar - cada vez mais.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ser EU

É difícil pra mim ser EU. Tão difícil quanto deve ser pra você ser quem você é. É difícil, complicado, doloroso, e às vezes muito chato. Mas essa é a única opção que temos. Sermos nós mesmos. 
Seria fácil ser o outro. Muito fácil. Olharíamos a tudo com aquele distanciamento necessário pra enxergar a questão em si, e não tudo aquilo que vem com ela. É como olhar um corte sem sentir a dor. Quando de fora, é fácil saber como estancar o sangue, limpar o corte, pra onde ir. Mas o sangue jorrando, as pessoas gritando e - principalmente - o corpo doendo nos impede de pensar com clareza justamente no momento em que isso é crucial.
Viver nossas vidas, com todas as dores, desesperos e percalços que as acompanham, não é fácil. Seria bom termos esse distanciamento. Poder nos observar, nos analisar, ver além das palavras, das atitudes, ir além e ver os pensamentos, as intenções das pessoas. Seria ótimo se pudéssemos pensar calmamente antes de dizer ou fazer qualquer coisa.
Seria ótimo. Mas não teria a menor graça.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Rehab

Ai ai Amy . . .

They tried to make me go to rehab, but I said: "No, no, no". Pois é, nem só Amy Winehouse precisa de reabilitação... Como dito no post anterior, tentei passar esse fim-de-semana prolongado sem usar o computador. E consegui. Em termos.
Não vou comentar tudo aqui, deixo isso pro meu outro blog. Mas descobri muitas coisas nesses dias.
1º: É quase impossível viver sem computador. Quase. Em dois momentos nesse fds eu sentei em frente ao computador ligado (em minha defesa tenho que não fui eu que liguei o computador, e não fiquei muito tempo em frente a ele). Isso descontando a vez que nem sentei, só pluguei meu mp3 pra carregar e deixei. As duas vezes foi quando pluguei meu mp4. No outro blog contei que ele estava me irritando um pouco (uma grande mentira, porque ele me irritou tremendamente). Pois bem. Ele apresentou um problema aleatório e louco, que não podia ser consertado na assistência técnica. Depois de quase 20 dias ele voltou - formatado. Quase 10 GB de música que foram apagados. Tive que colocar as músicas tudo de novo. Por isso que usei duas vezes o pc.
2º: É não só possível, como também relativamente simples, viver sem internet. Nas duas vezes que usei o computador, não acessei a internet. Fora o choque inicial de não entrar no MSN, Facebook, Orkut, Twitter, Formspring, Gmail e outros ao mesmo tempo, foi bem tranqüilo ficar 'offline' por uns dias... Dormir cedo foi recompensador, assistir a  TV um pouco foi divertido, ouvir música por mais tempo é sempre algo bem-vindo. Não precisei da internet esses dias pra saber sobre os meus amigos ou pra me divertir - o casamento de segunda que o diga!
Chego então a seguinte conclusão: é possível sim viver menos conectado. É muito difícil não usar as tecnologias a que temos acesso. Mas não é necessário ficar o dia inteiro preso a elas. E por último, mas não menos importante: 'Desplugar-se' não causa síndrome de abstinência.

PS.: Aprendi como ocultar links em palavras! Eu sei que é muito fácil, mas entenda que pra mim isso é como passar pro plano cartesiano uma equação de 2º grau - com a diferença que eu não sei mais como passar pro plano cartesiano uma equação (aliás, eu não sei mais nada relacionado a plano cartesiano).

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Unplugged

Oops! Unplugged errado...

Esse é o blog onde eu menos posto. Acho que é porque eu sempre posto aqui pensamentos mais... profundos. Aquelas coisas que a gente pensa, pensa, pensa, mas pensa também que aquilo nunca vai sair da esfera do pensamento. Pois é. O que sobrevive a essa luta interna e aterrorizante - que é lutar contra si mesmo - vem parar nesse blog. Bom, é pouco provável que quem já tenha lido os posts, ache tudo tão dramático assim... Normal. Drama faz parte da minha vida - junto com Comédia, Ação, Aventura, Suspense... Terror eu não gosto, e Romance está difícil... rsrsrs
Mas esse post não é pra falar sobre pensamentos, e como eles sobrevivem até se tornarem posts. Não. Esse post é um daqueles pensamentos que teimam em aparecer, ficam rondando, a espera de uma chance. Pois bem. Ele teve agora a sua. Um contato profissional (isso soa chic, não?!) programou o e-mail dela para responder a todos que lhe mandassem e-mails: "Até dia 16 de janeiro, estarei de férias DE VERDADE e portanto, sem acesso a e-mails :-)". Exatamente isso. Nada do tipo "Estarei fora até dia tal", ou "Sem internet", nada que diga ESTOU IMPOSSIBILITADA DE USAR UM COMPUTADOR, mas sim NÃO QUERO ME CONECTAR ESSES DIAS. Simples assim. Simples, rápido e indolor.
Isso foi hoje. Há algum tempo que eu penso como me desconectar. Não vender meu computador de casa, ou destruí-lo, nem mudar de profissão e começar a vender bijoux na praia (nada contra, seria ótimo!). Me desconectar mesmo tendo a oportunidade de estar conectada. Ficar, sei lá, um fim-de-semana sem usá-lo, mas não porque eu estive fora, e onde eu estava não tinha computador, ou porque eu não tive tempo. Ficar desplugada porque eu QUERO ESTAR, e não porque ERA A ÚNICA OPÇÃO.
Internet hoje é um vício, assim como beber, fumar, jogar, gastar compulsivamente, comprar esmaltes (oi?!), entre outros. Passamos mais tempo na frente de um computador do que deitados numa cama - e olha que eu curto pra caramba dormir. Mesmo quando não tem nada de bom pra se ver na internet (e isso pode parecer impossível, mas não é), eu preciso ligar o estabilizador, apertar o botãozinho da CPU, esperar o Software iniciar, conectar a internet e entrar - aqui, ali, em qualquer lugar.
A internet é um vício relativamente moderno. Eu passei a minha infância toda, e quase a adolescência inteira sem um computador com internet em casa. Sobrevivi a isso. Muito bem aliás. Hoje vejo crianças de 9, 10 anos com notebooks e webcams, e penso se isso é realmente saudável - e seguro.
Mas não vou pensar em criancinhas usando uma ferramenta inadequada para sua idade, em analfabetos funcionais que "causam" na internet, ou criticar como o livre acesso a informação não deixou as pessoas mais inteligentes - pelo contrário. Vou pensar no meu vício na internet. Como ela está me atrapalhando. Como ela está me limitando, ao invés de me expandir.
Além do desabafo (e que desabafo!), vamos tentar algo novo. Vamos tentar passar esse fim-de-semana prolongado (em SP) sem se conectar. Sexta a noite, correria, pois vou passar o fds fora. Segunda, correria, porque vou num casamento. E terça-feira?! Sossego total, estou planejando só tirar o pijama pra tomar banho e por outro pra dormir. Será que eu consigo ficar 4 dias sem aparecer por aqui?! Será que vou ficar um dia inteiro em casa sem ligar o meu computador?! Veremos.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Constatações

É engraçado revisitar o passado e ver o quanto a gente muda em tão pouco tempo.
Os sentimentos que pareciam te dominar nem existem mais.
As dúvidas que te corroíam sumiram.
Medos que julgávamos eternos desapareceram.

Ficar com aquele sentimento estranho sobre o passado é normal - aquele sentimento estranho que alguns chamam de vergonha, embaraço, constrangimento, mas não é exatamente isso. É algo além. Como se não nos reconhecesse-mos mais naquelas palavras. Como olhar um retrato antigo e por um instante ficar em dúvida se é realmente você que está ali.
Mas é sim. Você é aquele que está naquele retrato, com uns dentes faltando, vestida de bailarina - ou de super-herói no caso dos meninos. E você é aquele que você vê todo dia no espelho - nem que seja pra escovar os dentes e pentear o cabelo.
E eu sou aquela menina assustada que pensava não ser capaz de escrever - que dirá de ter 4 blogs simultâneos! E eu sou essa que escreve agora, sem medo, e com uma curiosidade imensa. Vontade de enfrentar novos medos, correr outros riscos, ousar.
Se a gente já viesse pronto, acho que a vida não teria a mesma graça. Bom mesmo é ver até onde a gente pode ir.