segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Reforma



Estamos em constante reforma.
Reforma da casa, do emprego, das relações, da vida.
É um pó lascado, é azulejo que quebra, gasta mais do que imagina e nem sempre como a gente queria. Mas sempre fica melhor que antes...
Tudo isso só pra dizer que eu estou me reformando, e reformando meus blogs - pequenas extensões de mim. Dá um trabalho danado, algumas coisas se quebram, gasta-se mais tempo do que o previsto e talvez não fique tão maravilhoso como eu pensei que ficaria - mas vai ser melhor que antes (sempre é!).
Estou migrando o blog de cá pra lá.
; )

Reforma é também uma (re)construção...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Paradoxal

Minha cabeça dá voltas e mais voltas.
Tudo acontece tão rápido, e ao mesmo tempo parece que, em certos momentos, tudo se passa em câmera lenta, pra eu conseguir ver, sentir, viver cada coisa...
É muita informação, é muito controverso, e isso é a vida - oposto da morte. Morte é nada, e dói em quem fica, não em quem vai. Morte é fim, e vida é recomeço infinito, cada instante acaba e começa novamente, até que chega a morte e o ciclo acaba.
É muita tristeza misturada com muita alegria, porque a gente não pode deixar de celebrar a vida, ao mesmo tempo que precisa chorar a morte. E é assim, tudo se coincide, e você nunca para, não pode organizar os acontecimentos como organiza e-mails ou gavetas, "aqui eu guardo os sorrisos", "agora eu vou chorar um pouquinho", tudo ocorre ao mesmo tempo e você não sabe se chora ou ri. É estafante.
Deve ser o meu sapato que aperta mas sustenta meu pé; e quando eu o retiro, eu quase caio e ele dói, mas junto vem o alívio da liberdade. Cada morte me aperta mas sustenta minha  vontade de continuar vivendo, e quando eu respiro e vivo, dói pela lembrança de quem não pode mais, mas a vida, a liberdade, é isso - um sacrifício que eu faço todo dia, a alternativa pra mim não é uma opção.
Enterro meus mortos e choro minhas dores, pra lembrar que viver é a maior benção que se pode ter. 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Saudades

Como não poder partilhar com outros as lembranças que eu tenho de você? O que mais dói não é sentir saudade, mas não poder dividi-la com ninguém. É estranho ter passado tantos momentos bons juntos, e agora ter que mantê-los em um canto escondido da memória. Quando a gente perde alguém, perde também tudo que viveu com ele?!
Lembro de você tocando a campainha daquela casa e perguntando a quem atendeu ao interfone: "É do picolé?" Lembro da risada que demos e da troça que fizemos com você.
Também me recordo da discussão que tivemos sobre um livro que você leu e eu não. Ambos tão obstinados nas próprias opiniões.
O bom-humor e a teimosia são traços da sua personalidade que sempre me vem à cabeça. Talvez porque eu seja desse mesmo modo...
Dói muito não ter mais você por perto. Mas isso não é nada comparado a dor de não poder lembrar de você, pelo menos não em voz alta. Falar de você a outros me obrigaria a contar partes dessa história que eu desejo nunca contar. E lembrar de você com aqueles que te conheceram seria reviver uma tristeza.
Enfim, a vida tratou de te tirar da minha, mas não me disse o que fazer com o que ficou. E assim eu vivo sem poder falar das nossas lembranças, pois não deveria nem sentir sua falta.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Ironias

Ironias. Não as que pronunciamos, mas as que sofremos. Ironias da vida, ironias do destino (para quem acredita), ironias. Difícil conviver com elas, que dirá aceitá-las. Entendê-las, nem tente. Se fosse de fácil entendimento não seria irônico. Ironia desafia a nossa compreensão. Por isso o nome.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Chá Doce e o Nosso Comportamento

Acabei de tomar um chá doce. Um chá tão doce, mas tão insuportavelmente doce, que vislumbrei (porque não me atrevo a dizer que experimentei) o sufoco sentido por uma amiga ao fazer um teste de curva glicêmica (um pequeno parenteses aqui para explicar que isso é um exame para medir as alterações dos níveis de glicose - açúcar - no sangue. Um exame para diagnosticar Diabetes ou o contrário dela). E porque eu estou falando sobre chás doces ou exames de diabetes, ainda mais nesse blog, que costuma ser mais reflexivo que os meus outros?
Well, well, eu amo doce. E exageros também. Tanto que a minha mãe diz que o que eu faço ou é BEM doce ou BEM salgado, BEM quente ou BEM gelado. E mesmo assim, eu não suportei esse chá, de tão melado (é como as meninas aqui da secretaria se referem ao que é muito doce) que estava. Esse chá ultrapassou o limite aceitável, até pra quem tem parâmetros tortos, como eu. 
E o mesmo ocorre com as pessoas. Tem gente que é tão doce que enjoa. Tem gente que é tão azeda que faz a gente por a língua pra fora. Tem gente que é tão amarga que a gente faz até careta. Tem gente que é tão salgada que a gente até cospe. Ninguém que é só "um sabor" é agradável, ainda mais quando o é em exagero.
Acho até que ninguém seja realmente só "um sabor". Impossível não ser azeda quando o dia conspira contra você (e acredite, esses dias existem). Impossível também não ser salgada na hora de lutar pelo que acredita. Ou não ser doce quando está junto de quem te ama - e você ama em reciprocidade. Amargo é um sabor que eu acho que dá pra passar sem - mas não garanto.
Ou seja: seja feliz quando tiver que ser, seja alegre, amoroso, "doce" quando sentir vontade. Não seja sempre, se não a gente enjoa.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Caminhos

Vindo trabalhar, me lembrei de você. Havia duas placas de trânsito me mostrando os caminhos que a nossa vida tomou, que eu tomei por nós. Enquanto uma placa mostrava o caminho pra sua nova casa, na direção oposta eu segui para o meu novo trabalho. Tão engraçado, quando eu vejo aquele nome, é como se eu visse o seu nome escrito lá. Pouco provável que eu vá de livre espontânea vontade à sua cidade. Não me leve a mal, eu não tenho nada contra lá - nem conheço. Nem contra você - mas te conheço bem demais (ou creio conhecer). 
Ao mesmo tempo, tantos carros convergindo ao mesmo lugar, tão impressionante como todos se encaixam e seguem o fluxo, que se não me concentro os acabo seguindo e indo parar... Sei lá onde.
E enquanto isso eu lembrava das vezes que saía da minha cidade pra depois voltar, tudo isso só pra vir trabalhar, pois não havia jeito de uma só condução me levar, e eu precisava então dar voltas por aí pra chegar aqui. E talvez na vida seja do mesmo jeito, eu ainda tenha que dar algumas voltas até achar o meu caminho, o meu lugar.
Fico feliz que você tenha achado o seu. Deve ser bom olhar uma placa e saber que aquele caminho te leva pro lugar que é seu.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Terapia Ocupacional: A importância da amizade

Terapia Ocupacional: A importância da amizade


“Quando iniciamos esta aventura chamada vida, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante. Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.”

Amigos nos ajudam a preencher os vazios emocionais e a recordar quem somos realmente. 
A amizade, afirmam os especialistas, é uma das estratégias para administrar o estresse. Os momentos com os amigos são momentos preciosos de troca, desabafo e compaixão.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Meio É Pior Que Zero

Às vezes acordo com essa sensação de não ser tudo nem nada. Acordo pela metade. Desperta sim, mas não inteira. É como viver no chamado limbo, nem céu nem inferno, mas entre os dois. Não triste, mas nem por isso feliz. Estranho essa sensação.
Sei que não sou a única a acordar assim de vez em quando... Sei?! Porque até onde sei, conheço gente que acorda feliz, triste, mau-humorada, nervosa, com sono, ansiosa... mas pela metade?! Como seria?!
Como explicar... Seria não saber como se está. Sem saber se está com fome ou não, com sono ou sem, com sede, com dor... Sei lá, é como não saber como se sente, o que se sente... 
É horrível não saber dizer como estou, pois sem isso não sei o que fazer para mudar. Preciso de ânimo?! Será isso que falta?! Ou tranqüilidade?! Seria melhor?! 
Não sei, não sei... Calmaria, agitação... O que eu quero?! O que eu preciso?! O que me fará sentir completa?! Ou será que o que eu preciso é me esvaziar?! Será?!
Não sei. Só sei que assim como está não me agrada. Pela metade não. Ou tudo ou nada. Copo cheio ou vazio. Pela metade está me incomodando - no momento.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Terapia Ocupacional: Seu corpo fala.

Terapia Ocupacional: Seu corpo fala.: "E você, consegue entender? Muitas vezes não nos damos conta das emoções que estão envolvidas nos nossos sintomas físicos, mas nossas emoções..."

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Recicle (suas ideias)

5 Posts no outro blog! 5 Posts!!! Eles estavam lá, perdidos entre tantos rascunhos, ideias que eu queria desenvolver, desabafos, 'insights', essas coisas todas.
Alguns estavam prontinhos, foi só formatar. Outros, nem tanto. Põe daqui, tira dali, lê, relê, dá uma última olhadinha, muda... Mas a essência estava lá, só faltavam os últimos retoques.
Reciclar ideias... 
Atualmente, tanto tem se falado em consumo consciente e reciclagem - material. A reciclagem de ideias também é uma boa pedida. Aquele versinho da infância, a dissertação nota 10 (ou 9, ou até 8 e meio, por que não?!), aquela piada que, se não foi você que inventou, foi quem a tornou conhecida, pelo menos.
Recicle suas ideias. Não as jogue fora sem antes dar uma boa (mas boa mesmo) olhada nelas, e ver se não servem pra nada. Não saia por aí 'comprando' novas ideias, só porque acha que as suas estão velhas, ou fora-de-moda. Aliás, não existe mais nada que seja ultrapassado. Suas ideias serão 'vintage'.